Sim ou Não? O poder das escolhas


Qual é a maior decisão que você tomará na vida? Voltemos a esta pergunta mais tarde. Por ora, pense a respeito disso: você pode tomar decisões. Você pode tomar decisões! Caso você nunca tenha pensado a respeito disso antes, por favor, considere: tomar decisões é uma capacidade extraordinária.

Por que um salmão nada contra a correnteza uma vez ao ano? Por que ele decide ou por que algum instinto o leva a fazê-lo? Ele praticamente não tem escolha a respeito. Mas uma recém-formada na universidade pode mudar-se para São Paulo ou Porto Alegre, se possuir uma oferta de emprego em ambas as cidades. Ela terá que fazer uma escolha, não baseada em seus instintos. Será São Paulo ou Porto Alegre? Talvez o trabalho em São Paulo pague mais, mas ela prefira morar em Porto Alegre mesmo assim. Escolher um ou outro implica em um ‘não’ e em um ‘sim’. Ela dirá ‘sim’ à cidade que escolheu e ‘não’ à cidade em que decidiu recusar o trabalho.
Dizemos ‘sim’ e ‘não’ o tempo todo. Provavelmente milhares por dia. Você já parou para pensar em como essa habilidade é maravilhosa? Já pensou em qual seria a decisão mais importante da sua vida?
Decidir requer opções
A capacidade de escolha é algo notável. Se o seu curso exige que você escolha uma língua estrangeira para estudar, você pode escolher a que quiser. Será francês, russo, alemão ou espanhol? Você não é instintivamente forçado a aprender nenhuma delas. Ao contrário, você considera as opções e diz ‘sim’ para uma, e ‘não’ para todas as outras.
Um garoto que cresce na República Dominicana não decide quem serão seus pais, em que cidade será criado e que língua falará. Mas conforme cresce, sua gama de opções aumenta. Se ele conseguir passar pelo ensino primário, poderá escolher entrar para o exército ou fazer uma faculdade. Qual ele vai escolher?
Ele não escolheu nascer na República Dominicana mas, se estudar bastante, formar-se médico e ganhar dinheiro suficiente, poderá decidir sair de sua terra natal e abrir uma clínica em um outro país.
Muitas coisas nos são forçadas quando nascemos. Quem nossos pais são, onde nascemos, nosso gênero e raça. Mas conforme vivemos, aprendemos que podemos e devemos fazer escolhas quando há múltiplas opções disponíveis. Em um lar saudável, o pai ajuda seus filhos adolescentes a entenderem que eles precisam tomar decisões na vida, e que estas terão as suas conseqüências.
As pessoas tomam decisões de acordo com a as opções que possuem. Se não têm opção, não há decisão a ser tomada. Porém, se há mais de uma opção, uma escolha deve ser feita. Mesmo a opção por não decidir é uma decisão.
Algumas decisões são mais importantes que outras. A escolha de uma mulher em se casar com João ou Fred é muito mais importante do que sua preferência por pão com manteiga ou por fruta no café da manhã. Ela é mais importante porque a escolha de seu companheiro terá conseqüências maiores e mais duradouras.
O que vemos é que a importância de uma decisão está atrelada a duas coisas: suas conseqüências e as pessoas ou coisas envolvidas.
Por exemplo, com quem você vai se casar é uma decisão muito importante. Envolve outro ser humano e a pessoa eleita trará conseqüências impactantes e permanentes em sua vida. Com isso em mente, qual é a maior decisão da sua vida?
Quando decidir se torna importante
Pense nisso: a decisão mais importante da sua vida envolve o que você vai fazer com Deus.
Reflita um pouco. Se Deus é quem a maioria das pessoas pensa que é, então ele é a pessoa mais importante que existe. Ele é o Criador e o Mantenedor do Universo.. Ele é um ser que sempre existiu e que está aqui para ficar, não importa o que aconteça.
A sua opção por ‘onion rings’ ao invés de fritas, não é algo relevante. Que diferença fará se você escolher comprar uma camisa xadrez ao invés de uma vermelha lisa? Se você se casou com Bruno ou Breno, Maria ou Mariana – ainda que isso seja importante -, no fim das contas, o que é essa escolha comparada com a sua decisão de juntar-se a Deus?
E esta é exatamente a situação em que nos encontramos. Porque Deus permitiu que pudéssemos dizer ‘sim’ ou ‘não’ para Ele. Nós podemos aceitar este matrimônio divino ou rejeitá-lo de uma vez. Nós podemos dizer ‘sim’ ou ‘não’ para o Deus de toda a criação. E não decidir é, no fim das contas, uma decisão.
Se você pensar um pouco, verá que isso é bem impressionante. Imagine que você seja amado (a) e adorado (a) pela pessoa mais linda, inteligente, esperta, amorosa e corajosa que já existiu. Imagine que essa pessoa te ame com um amor sacrificial e queira casar-se com você para a vida toda – na verdade para uma eternidade de alegria compartilhada.
O que você diria? ‘Sinto muito. Você não é boa o suficiente para mim.’
Ainda assim, esta é a posição que muitas pessoas (a maioria?) toma com relação a Deus.
Algumas decisões deveriam ser fáceis
Se algum dia nós quiséssemos um relacionamento com alguém, deveria ser com Deus. Não há ninguém melhor para se relacionar. Ele é perfeitamente bom, sábio, amoroso, justo, respeitoso, honesto e cuidadoso. É bem possível que olhar em seu rosto se tornasse a maior experiência de nossas vidas.
E mesmo assim dizemos para ele, ‘Não, obrigado(a)’. E posicionar-se assim é declarar, de certa forma, que ele não é bom o suficiente para nós. Irônico, não?
Mas por que o rejeitamos? Talvez seja porque ele nos intimida demais. Pensamos, ‘quem quer estar casado (a) com alguém perfeito? Ele(a) notaria os meus defeitos o tempo todo!’ Mas Deus não nos pede para sermos perfeitos, mas para simplesmente nos achegarmos a Ele em nossa imperfeição. Ele até nos diz que retirará de nós os nossos defeitos na próxima vida, para que nos tornemos mais como Ele.
Então o que é isso? Por que rejeitar alguém tão maravilhoso como Deus? Só Ele sabe. Para cada um, a razão pode ser diferente.  De qualquer forma, é muito humilde da parte de Deus permitir que possamos decidir a respeito disso. É de fato uma grande condescendência.
Pense um pouco. Deus é Deus; nós não somos. Nós precisamos Dele, mas Ele não precisa de nós. Ele pode existir sem a gente. Ele sempre existiu. Mas nós não podemos existir sem Ele. Nós nunca existimos sem Ele.
E Ele sabe que é a melhor opção para nós. Ele sabe que é a pessoa mais bela, inteligente, honesta, amorosa e cuidadosa que já existiu. Ele sabe que, se nós nos entregássemos para viver em relacionamento com Ele, seria para o nosso próprio bem. Na verdade, não há nada que poderia ser melhor. Nada.
Por isso, com todo o direito, Ele não deveria permitir que escolhêssemos rejeitá-lo. Mas Ele permite. Ele deixa que nós falemos o grande ‘não, obrigado(a)’. E quem somos nós para rejeitá-lo?
Deus deixou as decisões para nós
A maior condescendência é que Deus se mantém pronto para nos receber, na hora em que decidirmos nos aproximar dele, mesmo que a nossa obrigação fosse buscá-lo desde o começo. Se Ele fosse esnobe ou rancoroso, nunca nos aceitaria. Por que Ele teria que se rebaixar (e, de fato, Ele o faz) para nos receber depois de o rejeitarmos.
Mas Deus nos mostra graça e misericórdia. Ele é compassivo. Ele é paciente. Ele bate na porta dos nossos corações e espera por uma resposta. Ele nos permite tomar a grande decisão. Existe um ‘não’ mais assombroso do que um ‘não’ dito a Deus? Existe um ‘sim’ mais completo do que um ‘sim’ dito a Deus?

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